2013/08/15
Lenda
Quando penso em você, e penso
Quando sonho com você, e sonho
Tenho certeza que há botos rosa
E acredito até em sereias azuis
Vejo um mundo dentro do mundo
De botos e sereias namorando ao luar
É vida de lenda e é lenda linda de vida
É ardil de verdade vivendo a realidade
2013/08/14
Retoricamente
Por que tomar-me assim,
toda e tão sua?
Para que fizeste isto,
se não me conterias? ...
Por que este laço,
se não tem desenlace?
Para que tal muralha,
se sabes que voo?
Por que tal distância,
se há anos-luz entre os nós?
No silêncio também há eco?
Basta ouvir com a alma!
Por que me fizeste sorrir?
Para que eu pudesse sonhar...
Tal vez
Tentei fugir sim e muito!
Quis silenciar-me toda,
Ser apenas uma sombra.
Deu não, deu nada! ...
Diante desta avenida?
Sob a luz deste arco-íris?
Escutando esta orquestra?
Deu nada, deu não!
Eis-me bailando em sons únicos,
Iluminada de agora e logo mais,
Criando e construindo o pode ser.
Encantada por sonhos e talvez,
Aspergindo odores no quem sabe,
Desejando que dá, que dará sim!
Lindo dia
Agora, enquanto você repousa
No tear dos meus densos desejos
Teço um amanhã de mil rendas
Um dia de doces e ternas perfeições ...
Na esperança de você apenas vivê-lo
E que sorrirá feliz pelo tempo inteiro
Então, quando a noite despontar
Lá no horizonte azul e vermelho
Coletarei a seda nas suas palavras
A matéria-prima dos meus anseios
Disposta loucura
Já era, já foi, já deu
Deu? Deu nada não!
Ficou mesmo ao Deus dará
Dará?
Ficou ao leu, no céu do mar
Pirou toda a insanidade
Ensimesmou o sonho curtido
Cutucou fundo um pesadelo
Que medo, que nada!
Matou a sede com areia
Saciou a fome com fome
E não é que atrevi demais?
Ato falho... Pode ser...
Cansei de querer acertar
Aceitei errar sem desculpas
Culpada de ficar no riacho
Diacho! Não tem jeito que dê!
Surpresa nas fatias do bolo
Olha lá! Tem pipoca pulando
Não são estrelas cintilando
São as luzes dos meus postes
(Ando apaixonada por postes)
Um fuste com lustre é sem igual
Lá no alto passa o trem apitando
A rota dos balões foi invadida
Colisão feliz existe, eu sei, sabia?
Sim, não e aquele toque duvidoso
Liga não, falta-me a hábil malícia
Assim vou dando bandeiras de sobra
Que droga! Raio que nunca parte!
Parto eu, tempestade que estou...




